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AFFA Odilson Ribeiro, novo Secretário da SRI, concede entrevista exclusiva ao ANFFA Sindical antes de iniciar missão à Ásia

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O novo secretário da SRI tomou posse do cargo recentemente e concedeu entrevista exclusiva ao Anffa Sindical. Entre os assuntos discutidos, a questão dos adidos agrícolas a serem nomeados entre 2017-2019 e a missão à Ásia ao lado do ministroBlairo Maggi, iniciada no dia 30/08 e que durará cerca de um mês

Em entrevista exclusiva concedida ao Anffa Sindical na última sexta-feira (26/08), Odilson Luiz Ribeiro e Silva, novo secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, falou sobre as expectativas frente ao novo cargo e os planos para a gestão de Blairo Maggi. O Auditor Fiscal Federal Agropecuário conta que quase sempre trabalhou na área de Defesa Agropecuária e que já foi diretor de negociações sanitárias e fitossanitárias da SRI em 2005, quando participou ativamente da formatação da Secretaria, com o então ministro, Roberto Rodrigues.

Segundo Odilson, com a formatação, todas as negociações internacionais ligadas à agricultura tiveram que passar pela SRI e foram divididas em departamentos. “No Departamento de Negociações Não Tarifarias se incluem as negociações sanitárias, fitossanitárias, recursos genéticos, climas, sustentabilidade, temas sociais, etc; No Departamento de Acesso a Mercados e Competitividade cuida-se de tarifas, cotas, analises, estatísticas e toda a parte do acordo de agricultura e no Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio, promove-se e estimula-se investimentos no setor”, explica o secretário, natural de São João Del Rey, MG.

Perguntado sobre a questão dos adidos agrícolas, tema de grande interesse da Categoria, Odilson conta que o tema também vem sendo reformatado e que os adidos devem ser nomeados de forma escalonada entre 2017 e 2019. Sobre as convocações serem restritas aos AFFAs, o secretário explica que, apesar de a função ser aberta a todos os servidores do MAPA, o cargo exige conhecimentos e experiências típicos da carreira. “Geralmente, pelo processo de seleção ser muito rígido e exigir conhecimento de negociações na área sanitária e fitossanitária, o cargo acaba sendo mais para os auditores”, afirma o secretário, também auditor fiscal federal agropecuário, e que já foi adido agrícola, em Bruxelas, na Bélgica, por quatro anos.

 

Terceirizações x Saúde Pública

Já sobre o tema terceirizações e saúde pública, Odilson é enfático em defender os termos de cooperação na área de ciência e tecnologia e para conhecer os sistemas de inspeção em outros países, mas garante que para abertura de mercados, é preciso muita cautela na análise de requisitos mínimos para a segurança da sanidade pública. “Nós levamos técnicos para outros países para conhecerem e, da mesma forma, os países querem vir aqui no Brasil conhecer como é a agricultura brasileira. É mais para troca de informação, mesmo, sem levar em conta questões financeiras. Já a questão de comércio é quando envolve troca de bens, então para comércio na área agrícola têm requisitos sanitários, fitossanitários, de tarifas, uma série de itens a serem avaliados para poder abrir o comércio”, destaca.

Para o secretário, existem tarefas que só podem ser exercidas por um agente de estado, e garante que a intenção da nova gestão do MAPA não é de proteger apenas produtores ou determinados setores econômicos, mas sim a população brasileira no geral.

“A ação do AFFA é a questão da qualidade do produto e em evitar fraudes econômicas. Para proteger a população brasileira, você tem que ter um quadro estável, um quadro de estado. Têm algumas ações que o ministério poderia supervisionar, mas sempre a supervisão tem de ser do ponto de vista do agente de Estado. E eu acredito que o MAPA deve criar uma estrutura de verificação de conformidade específica da fiscalização dos estados, e aí exatamente como auditor você audita aqueles que fiscalizam, para ter mais segurança naqueles produtos que você vai fornecer à população e daqueles que você está importando e exportando”, enfatiza.

Nesse sentido, Odilson ressalta que todos os grandes países exportadores do Agronegócio têm uma estrutura de verificação de conformidade. “Quando tivermos essa estrutura, teremos muito mais segurança para tratar os temas de interesse da população como a qualidade e sanidade dos produtos agropecuários. O ministério não defende só o produtor, mas antes de tudo a população brasileira. Nossa função é proteger a saúde e tentar equilibrar a economia com a questão da segurança alimentar”, detalha.

 

Agenda cheia e missão na Ásia

Desde que assumiu a SRI do agronegócio, a agenda de Odilson não para um minuto. Participou no dia 27 de setembro da abertura da Expointer, no Rio Grande do Sul, e seguiu, agora, para a Ásia, onde irá visitar, ao lado do ministro Blairo Maggi, sete países.

“É a maior missão de promoção e abertura de mercados que já foi realizada. Vamos para a China, Coréia, Vietnam, Tailândia, Malásia, Myanmar e Índia. Serão quase 30 dias de negociações para traçar a infraestrutura e os investimentos para o agronegócio brasileiro, e também para a abertura de mercados e negociações de temas de cooperação na área agrícola em outros países”, conta, empolgado.

A missão de Odilson Ribeiro, que deverá ter a companhia do também Auditor Fiscal Federal Agropecuário Luis Eduardo Pacifici Rangel, Secretário de Defesa Agropecuária, irá até 25 de setembro.
 

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