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Fiscalização agropecuária é beneficiada pela definição de crueldade animal

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Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária ajuda auditores fiscais federais agropecuários a garantir a qualidade de vida de animais.

Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) que trabalham com a fiscalização e fomento agropecuário serão beneficiados pela resolução nº 1.236 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Segundo informa a assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, o documento passou a valer no dia 26 de outubro e caracteriza crueldade, abusos e maus-tratos contra animais, além de estabelecer a responsabilidade de veterinários e zootecnistas em denunciar os casos ao Conselho.

"Esse texto estava em discussão há mais de um ano", disse a Auditora Fiscal Federal Agropecuária Liziè Buss. "Como a nossa carreira possui zootecnistas e médicos veterinários, a resolução deve ser obedecida também por eles, já que estão submetidos a processos disciplinares do CFMV", continua. Segundo Liziè, o documento utiliza referências científicas para criar definições muito claras sobre o que é maus-tratos ou não. Na prática, fica mais fácil para os auditores realizar o diagnóstico de bem-estar animal com base em indicadores nutricionais, ambientais, sanitários e comportamentais.

Foram caracterizadas 29 situações como maus tratos, entre elas: acesso inadequado a comida e água, manter animais sem abrigo das intempéries (como mau tempo), mantê-los em ambiente que propicia a proliferação de micro-organismos nocivos, submeter o animal a mais de quatro horas ininterruptas sem água, alimento e descanso; usar métodos punitivos com dor ou sofrimento; e transportar animais sem observar as normas técnicas dos órgãos competentes.

"A minuta traz ainda orientações dizendo que toda vez que um zootecnista ou médico veterinário fizer orientações para um sistema de produção, ele tem que considerar todos os aspectos do bem-estar animal", disse Liziè. Ela também coloca que "sistemas que usam confinamento extremo, com o uso de gaiolas ou animais amarrados, não são boas condições, são maus-tratos, mas serão tolerados enquanto eles forem permitidos legalmente."

De forma geral, a definição do Conselho Federal de Medicina Veterinária tem um impacto positivo no trabalho dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, dando referências mais precisas para a realização de vistoriais e perícias. A preocupação com o bem-estar dos animais, além de ser uma questão ética, também garante um produto de melhor qualidade e com menores riscos à saúde para o consumidor.

Fonte: Re9 Comunicação

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