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Exposição na Binagri exibe patrimônio histórico e destaca trabalho dos Affas

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A finalidade primordial da Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI é o registro, armazenamento e disponibilização de um grande acervo referente à agricultura nacional. Criada em 19 de março de 1910 pelo então ministro da Agricultura, Indústria e Comércio, Rodolpho Nogueira da Rocha Miranda, o Serviço de Publicações e Bibliotheca, hoje, Biblioteca Nacional de Agricultura (Binagri) completará 113 anos no próximo dia 18 de novembro. 

Por ocasião dos 200 anos da Independência do Brasil, a Biblioteca organizou uma exposição de documentos e artigos históricos que estão disponíveis para visitação até o dia 31/10, no anexo do Ministério da Agricultura, em Brasília.

Localizada no túnel entre os anexos A e B do MAPA a exposição exibe, entre outros documentos, o primeiro relatório da Repartição dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, o qual apresenta os primeiros dados sobre a economia do setor agropecuário e a estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A coordenadora da Binagri, Neuza Arantes, explica o que significa esse documento: “Essas são as pessoas que compraram a ideia do Ministério da Agricultura, que o defenderam desde o início, em 1860.”

Ao todo mais de 400 mil volumes como legislações agrícolas desde a época do Império até os dias atuais, livros internacionais a respeito da agricultura brasileira escritos em inglês e francês, fotos, moedas antigas, peças de medição de áreas rurais, uma variedade de produtos nacionais como algodão, cacau, café, soja e outros estão disponíveis para conhecimento da população.

“São coisas que as pessoas nem imaginam”, orgulha-se a coordenadora, que é carinhosamente conhecida pelo colegas como Dona Neuza, ao apresentar algumas das peças da exposição. Segundo ela, a Binagri sempre foi muito preocupada com o atendimento ao cidadão, tanto que quando a Lei de Acesso à Informação foi sancionada, a Biblioteca já tinha todo o acervo catalogado e disponível para a consulta. “Se não me engano, fomos o primeiro Ministério a disponibilizar os dados do acervo bibliográfico” relata satisfeita.

Outro documento de grande valor histórico é o Ato Administrativo (foto) de 05/12/1984 que certificou o Brasil como país livre da Peste Suína Africana. A primeira pistola usada para vacinação de gado contra a febre aftosa também pode ser observada pouco mais à frente, certificando o trabalho intenso e perene da defesa agropecuária nacional.

“Ninguém respeita aquilo que não conhece” é o que defende dona Neuza, coordenadora da Biblioteca. Assim, o principal objetivo da exposição é levar informação às pessoas. À parte do acervo nas estantes, há livros dispostos ao longo da galeria que segundo Dona Neuza, “devem ser conhecidos, folheados e valorizados, pois relatam a nossa história.” Um espaço instagramável também está disponível, ambientado com uma poltrona da época do império, dentre outros itens de decoração, na qual os visitantes podem sentar-se e produzir fotos. 

Produtos

O ouro branco (algodão), o grão de ouro (soja), o cacau e o café têm posição de destaque na exposição da Biblioteca. Este último, tendo chegado ao Brasil em 1727, possui uma linha do tempo rica em informações que, aliada à qualidade de produção sustentável, atestam o país como o maior produtor e exportador de café do mundo. Diferentes tipos de café também podem ser conhecidos ali, como é o caso do café especial Don Bento, que possui notas de pêssego, maracujá e caramelo, corpo denso, é produzido na Amazônia e foi o segundo colocado no prêmio Coffee Of The Year 2021. 

Ciente do trabalho que envolve a obtenção e manutenção desse título, dona Neuza atesta: “Nós atingimos esse padrão de qualidade graças aos servidores. Pessoalmente valorizo muito os nossos Auditores Agropecuários, pois é o trabalho deles que segura esse Brasil, que realiza a proteção das nossas lavouras e nos dá condições de produzir itens de tanta qualidade.”

A coordenadora, orgulhosa dessa história de sucesso, tem planejado um evento específico sobre a história do café, pois “é uma história que é invejável! Temos muito material histórico armazenado ao longo desses quase 300 anos, e as pessoas têm de conhecê-lo.”

Além da exposição, a área pública de estudos da BINAGRI é motivo de orgulho por parte dos servidores do MAPA. A Biblioteca que, por essência, desenvolve atividades e ações que asseguram a democratização e o livre acesso à informação, tem o mais completo banco de dados sobre o setor agrícola e áreas correlatas do Brasil, e um dos mais completos da América Latina.

Com um acervo tão grande e tão antigo, com materiais que datam do século XVIII, o trabalho de restauração e conservação desses materiais é fundamental para a garantia da longevidade da Binagri.  

Conheça mais sobre esse trabalho na próxima matéria da série especial.

Confira também a galeria de imagens da exposição:

 

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