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AFFAs têm influência direta no PIB do agronegócio

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Um estudo recente produzido pela Fundação Getúlio Vargas – FGV comprovou o que já era imaginado: os Auditores Fiscais Federais Agropecuários têm se superado a cada dia em suas tarefas, mesmo com todos os revezes que se abatem sobre a carreira.

O material aponta o número de AFFAs na ativa como sendo inversamente proporcional aos números de exportação do país e impressiona: em 2020 as exportações chegaram à marca de US$ 100, 7 bilhões. 

Pandemia do Covid-19
 

Os AFFAs foram fundamentais para a sociedade atravessar o período de pandemia da Covid-19 sem uma situação de desabastecimento de alimentos.

O Decreto Nº 10.282/2020176 definiu como serviço essencial as atividades de vigilância e certificação sanitária e fitossanitária, a prevenção, controle e erradicação de pragas de vegetais e de doenças dos animais, a inspeção de alimentos, produtos e derivados de origem animal e vegetal e a vigilância agropecuária internacional. 

Dessa forma, ao longo da pandemia, mesmo com o crescimento do agronegócio brasileiro, com as limitações impostas pelas medidas de restrição para conter a Covid-19 e com a redução na quantidade de AFFAs que realizam suas atividades presencialmente, o país não ficou exposto a um risco de ordem sanitária ou fitossanitária maior. Pelo contrário, todos os procedimentos necessários foram realizados, trazendo segurança para o abastecimento interno e externo.

Os impactos dos AFFAs para a economia Brasileira
 

Em 2020, o trabalho dos AFFAs garantiu 8,65% das exportações do agronegócio (impacto direto), ou seja, caso a atividade dos AFFAs tivesse sido paralisada, as exportações do agronegócio teriam sido 8,65% menores.

O total exportado pelo agronegócio neste ano foi de US$ 100,7 bilhões de dólares, portanto, as perdas evitadas somaram US$ 8,7 bilhões de dólares. Considerando um câmbio médio de R$ 5,15, esse valor é de R$ 44,9 bilhões.

Também foi possível calcular as perdas setoriais diretas evitadas pela não paralisação da atividade dos AFFAs:

Na agricultura, as perdas em termos de exportação chegariam a R$ 25,7 bilhões e para a agroindústria atingiriam R$ 17,9 bilhões. Soja em grão com perdas de R$ 19,8 bilhões e Carnes com perdas de R$ 7,2 bilhões seriam os produtos mais afetados.

A manutenção da atividade dos AFFAs também gera impactos em termos de renda, salários e impostos. Para a economia como um todo foram gerados R$ 35,6 bilhões em renda, R$ 9,2 bilhões em salários e R$ 8,7 bilhões em impostos. 

Já em relação ao nível de empregos, o impacto dos AFFAs é de 108 mil postos de trabalhos diretamente relacionados ao agronegócio e de mais 75 mil indiretamente relacionados. O saldo total é de 183 mil empregos em 2020.

Cenário da Febre Aftosa e Gripe Aviária
 

Para o cenário que considera a ocorrência de surto de febre aftosa no Brasil, o estudo estima que haveria perda direta de R$ 5,3 bilhões em exportações do agronegócio, o que, por sua vez, ocasionaria perda adicional (indireta) de R$ 4,4 bilhões em outros setores da economia, totalizando R$ 9,6 bilhões em perdas (diretas + indiretas).

Há também um impacto significativo de 32.272 ocupações no nível de empregos, dividido em 17.910 empregos diretos e outros 14.362 indiretos.

 

Para o cenário que considera a ocorrência de surto de gripe aviária no Brasil, o estudo estima que haveria perda direta de R$ 7,3 bilhões em exportações do agronegócio, o que, por sua vez, ocasionaria perda adicional (indireta) de R$ 6,1 bilhões em outros setores da economia, totalizando R$ 13,5 bilhões em perdas (diretas + indiretas)

Em relação às variáveis macroeconômicas, haveria perda total de R$ 2,4 bilhões em renda, R$ 772,7 milhões em salários e outros R$ 806,2 milhões em impostos, além de 46.402 empregos.

Pragas Quarentenárias Ausentes
 

Embora, segundo dados do MAPA, entrem no país em torno de quatro pragas novas por ano, a entrada de pragas importantes no Brasil é lenta, em grande parte devido aos esforços dos AFFAs e de todo o sistema de defesa agropecuária.

Para as pragas quarentenárias, os maiores impactos seriam sentidos principalmente na cultura da soja. O principal resultado seria sentido sobre o valor da produção, cujas impacto total (direto + indireto) é de R$ 25,6 bilhões. O impacto nos empregos poderia chegar a 51,8 mil.

Os impactos de pragas nas culturas de milho e algodão também se mostram expressivos. Para a cultura do milho, o impacto total no valor da produção é de R$ 10,5 bilhões. Além disso há o impacto de 22.258 empregos. 

Para a cultura do algodão, o impacto no valor da produção seria de R$ 2,4 bilhões. O impacto nos empregos seria de 4.943 ocupações.

Acesse o documento na íntegra clicando aqui.

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