Notícias do Sindicato

Síndrome de Burnout: como identificar e o que fazer

Publicado em
por
Compartilhe

De acordo com o psicólogo Robson Lima, geralmente a produtividade cai, o vínculo emocional positivo com o trabalho (empresa) acaba, há uma redução do desempenho cognitivo e a motivação se esvai. 

Doença do trabalho. Assim é conhecida a Síndrome de Burnout. Para o psicólogo organizacional Bruno Ceratti, identificá-la costuma ser difícil, pois a origem muitas vezes é emocional. “Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Pode ser uma crise de ansiedade, dores em partes específicas do corpo, uma alergia ou uma dor aguda na região da coluna”, explica.
O especialista acrescenta que o termo “Burnout” foi mais largamente aplicado a profissionais de áreas de saúde, segurança e educação, como enfermeiros, professores e policiais, mas pode acometer trabalhadores de qualquer setor.

As consequências afetam imediatamente o comportamento e a saúde dos profissionais. De acordo com o psicólogo Robson Lima, geralmente a produtividade cai, o vínculo emocional positivo com o trabalho (empresa) acaba, há uma redução do desempenho cognitivo e a motivação se esvai. Nesses casos, são comuns sintomas, como insônia, fadiga, crise de ansiedade, dores de cabeça, problemas gastrointestinais, alteração de apetite, sentimentos de fracasso, sentimentos de não pertencimento, batimentos cardíacos alterados, sudorese, baixa autoestima, apatia, dificuldade para ir ao trabalho, agressividade, pensamentos acelerados, catastrofização, confusão mental, despersonalização e depressão.

“Hoje, sabemos que cerca de 15% da população brasileira sofre com essa doença ocupacional, segundo dados da International Stress Management Association do Brasil [ISMA-BR]. Estamos falando sobre um número de pessoas que chegam a 33 milhões, isso é alarmante!”, alerta.

O que fazer?  A dica do especialista é que a pessoa busque ajuda profissional com um psicólogo e faça o tratamento indicado caso se enquadre nessa condição. Ele listou uma série de ações que podem se antecipar à questão caso a pessoa já perceba que está trabalhando em um ambiente com fatores de risco. Veja abaixo:  

Torne-se mais autoconsciente 

Aprenda a ouvir o que seu próprio corpo lhe diz. Descubra em quais momentos do dia você está mais disposto e em quais momentos você não está. Mapeie-se e use o que aprendeu a seu favor.

Trace limites claros para si mesmo

Respeitar o seu tempo e disposição para as atividades diárias deve ser levado em conta, mesmo que pareça não onerar sua energia e tempo quando aceita uma nova tarefa. Pensar nas implicações a médio e longo prazo ao assumir novas responsabilidades e ser mais ponderado em relação a isso pode evitar que uma pessoa se atarefe demais e vá além dos seus próprios limites com coisas que não estão alinhadas com o que realmente importa.

Medite 

Reserve alguns minutos do seu dia para dar uma pausa total e focar apenas nas sensações do corpo e da mente. Não precisa ser um monge budista e esvaziar a mente por completo, basta saber ouvir seus pensamentos sem interferir neles, como se estivesse lendo os seus e-mails de uma caixa de entrada lotada. Os seus pensamentos, nesse caso, são os e-mails e quanto mais você se dissocia emocionalmente de um pensamento, mais poder e racionalidade você tem sobre ele. 

Planeje suas tarefas e tenha sempre um “plano B”

Seguindo o seu plano de ação, que pode ser semanal ou diário, você tem mais controle sobre o seu tempo, definindo uma ordem das atividades que serão realizadas e pode negar novas tarefas que não estejam alinhadas com o seu propósito. Faça isso para o trabalho e para sua vida pessoal. Esteja pronto para imprevistos, já que eles têm o poder de alterar uma rotina e antecipe possíveis ações para cada obstáculo identificado.

Invista ou permita novas formas de trabalho

Hoje, com a pandemia, muitos setores migraram para o formato virtual por meio de chats e vídeoconferências. Isso foi acelerado pela necessidade atual, mas pode servir como uma alternativa quando o ambiente é o causador de estresse crônico. Muitos gatilhos advêm de um ambiente ameaçador (na perspectiva de quem sofre do esgotamento) e oferecer essa possibilidade mais flexível de trabalho pode mitigar os sintomas. 

Deixe o seu ambiente de trabalho organizado e o seu lar também

Manter a mesa de trabalho organizada pode ajudar a ter mais produtividade. Quanto mais estímulos concorrem com a sua atenção, que é seletiva, mas você usa esse recurso limitado e, quando se esgota, você se sente sem energia, dificultando a sua concentração, tomada de decisão e raciocínio lógico. Quando o ambiente que você ocupa está desorganizado, a sua mente também fica.

Reforce as relações sociais

Ter com quem contar, quando precisa, ajuda muito! A sensação de amparo, apoio ou suporte pode ser crucial para quem está enfrentando o estresse crônico no trabalho. Poder ser ouvido sem correr o risco de ser julgado ou mal interpretado alivia quem está angustiado.

Cuide da sua saúde

Esteja em dia com a sua saúde, investindo em uma boa alimentação, prática regular de atividades físicas e descanso (sono). Também é importante estar em dia com a sua saúde mental, por isso, faça uma visita a um psicólogo sempre que possível, pois, dentre os serviços que esse profissional pode oferecer, a promoção do autoconhecimento e desenvolvimento pessoal ajuda a pessoa a reconhecer os seus próprios recursos e formas de manejo para encontrar o melhor caminho.

Relaxe

Os momentos de descanso devem ser respeitados, principalmente se a queixa for falta de tempo! Sim, já que têm pessoas que não desligam nem mesmo no pouco tempo que deveriam simplesmente relaxar. Aproveite mais o seu tempo livre com a família, amigos, lazer. O ócio às vezes cai bem! Desconecte-se de assuntos ligados ao trabalho e, no caso do chefe, que o mesmo evite ligações ou mensagens fora do expediente de trabalho.
 

Clima organizacional com qualidade de vida (QVT)
 

As empresas (ou empregador) têm uma parcela muito grande de responsabilidade com o que acontece com o empregado (ou colaborador) no ambiente corporativo. Atividades sociais, que fomentem o relacionamento interpessoal entre as pessoas mostram-se como uma boa medida, além de outras formas de mobilizar a equipe com recompensas e reconhecimento do trabalho. Oferecer uma forma de feedback que não comprometa o empregado, oferta de bônus com folgas ou sair mais cedo quando se necessita, criação de eventos para datas comemorativas e até mesmo ações sociais, explorando o voluntariado e dando a oportunidade de viver o “sentimento de pertencimento” à uma equipe, comunidade, sociedade, etc. Vale muito a pena investir em questões sociais para as empresas que desejam ter uma boa visibilidade pelo público. Um ambiente legal para trabalhar faz as pessoas se motivarem!

Transmita, por meio de ações, os valores, visão e missão da empresa. Muitos trabalhadores não têm noção do porquê fazem o que fazem no dia-a-dia e mostrar a todos dentro de uma empresa o papel de cada um e para qual direção todos estão indo dá a sensação de fazer parte de algo maior e como a pequena contribuição de cada pessoa faz sentido.

As pessoas não devem ser tratadas como robôs ou máquinas de produzir, sem levar em consideração as suas necessidades humanas, mesmo em um ambiente de trabalho. Por isso, olhar para o seu empregado como alguém que também pode errar, concordar, discordar e pensar diferente, humaniza o ambiente organizacional.

 

ANFFA Sindical é o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários
Setor Comercial Sul, Quadra 2, Bloco C, 4º andar, Ed. Jockey Club - 70.302-912 - Brasília, DF
(61)3224-0364 / (61) 3246-1599 / (61) 3968-6573 

Acompanhe nas Redes Sociais

Diretor de Comunicação e Relações Públicas:

Montemar Onishi
comunicacao@anffasindical.org.br

Jornalistas:

Juliana Procópio
jornalista@anffasindical.org.br

Júlia Silva
imprensa@anffasindical.org.br
Assessoria de Imprensa: FSB Comunicação
Shismênia Oliveira
(61) 99233 9131
shismenia.oliveira@fsb.com.br

Assessoria de Marketing: Angular Comunicação
Túlio Carvalho
(61) 98365 9548