Temas de interesse, como impactos econômicos da Gripe Aviária, caso ingressasse no país; a regulamentação dos produtos à base de proteína vegetal; e os rumos da fiscalização de carnes no país serão debatidos nesta semana, de hoje a quinta-feira (28 a 30), durante o Sedagro, na programação da IV Expomeat, em São Paulo
A realização da 2ª edição do Seminário sobre Defesa Agropecuária (Sedagro), realizado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical), reforça a importância da defesa agropecuária brasileira e traz ao debate assuntos que impactam diretamente no fortalecimento desse conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde dos rebanhos animais e das culturas vegetais e, de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços, que definem a defesa agropecuária do país.
Um panorama da defesa agropecuária será feito logo na abertura do Sedagro, a partir das 15h, com foco nos programas de governo e as ações no campo, agroindústrias, laboratórios e unidades de fronteira do País. O tema, que permeia os três debates, desde a abertura do evento até o encerramento, será avaliado sob a ótica dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas), representados, na abertura, pelo presidente do ANFFA, Janus Pablo. A perspectiva do Governo Federal ficará a cargo de Márcio Rezende Evaristo Carlos, secretário adjunto da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa) e de Andrea Moura, superintendente federal de Agricultura do estado de São Paulo (SFA-SP) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Este Seminário vai permitir um amplo debate sobre temas altamente relevantes para o país, porque quanto mais forte e eficiente a nossa defesa agropecuária, melhor a qualidade de vida da nação. E nós, auditores agropecuários, trabalhos para isso”, destaca Janus Pablo.
O primeiro painel desta terça-feira (28) trará uma abordagem especial sobre a Influenza Aviária, também conhecida como Gripe Aviária, que já ingressou em diversos países vizinhos e ameaça o Brasil. Ações de combate e de prevenção, com detalhes do trabalho que vem sendo coordenado pelo Mapa, serão expostos durante as apresentações de Anderlise Borsoi, coordenadora de assuntos estratégicos do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (DSA/Mapa); de Talita Priscila Pinto, pesquisadora do Centro de agronegócio da FGV Agro, que fará uma avaliação dos impactos econômicos, caso a doença entrasse no Brasil; e também de Sulivan Alves, diretora técnica da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que trará as contribuições da iniciativa privada sobre o tema. Anne Pierre Hezel, coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV/SP), também trará importantes contribuições ao painel e também Gisele Camargo, delegada do ANFFA de São Paulo, como mediadora. O painel será iniciado às 16h.
Fiscalização e plant-based
O debate sobre as “Perspectivas para a fiscalização de carnes no Brasil” também inclui temas como autocontrole, certificação sanitária e outros que aprofundam as abordagens. Este será o foco do painel de amanhã (29), a partir das 16h. A abertura do painel será feita por Douglas Haas Oliveira, coordenador geral de inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa). Em seguida, Sulivan Alves, diretora técnica da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), fará suas considerações levando em conta as contribuições da iniciativa privada para o avanço da fiscalização de carnes no país.
Antonio Andrade, diretor do ANFFA Sindical, Affa e médico veterinário, abordará os pontos críticos da auditoria e fiscalização em defesa agropecuária, como financiamento do sistema (orçamento); falta de auditores agropecuários e a necessidade de concurso público e qualificação para a carreira; e outras questões sensíveis, como a urgência de definição institucional dos papéis da iniciativa privada e da auditoria fiscal em defesa agropecuária.
O painel ainda terá a participação de Paulo Ricardo Campani, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e de Henrique Pedro, secretário geral do ANFFA, no estado de São Paulo, que mediará o debate.
O terceiro e último painel do Sedagro, que fecha a programação do evento na próxima quinta-feira (30), será sobre “Regulamentação de produtos à base de proteína vegetal”, enriquecido pelas apresentações de Karina Fontes Coelho Leandro, coordenadora de regulamentação da qualidade vegetal e diretora substituta do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa (Dipov/SDA); e de Ellen Cristina de Souza, professora titular na Universidade Federal de Lavras (Ufla)/Laboratório de Avaliação Nutricional e Funcional de Alimentos Lanfa (MG), que trará a visão acadêmica e científica sobre o assunto, abordando a questão das nomenclaturas e outros tópicos polêmicos na regulamentação dos plant-based no país.
O painel ainda contará com as abordagens de outros especialistas no tema, como Antonio Marcos Pupin, diretor de assuntos regulatórios & científicos, da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI); Alexandre Moura Cabral, VP de políticas públicas The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil); Fatima D´Elia, assessora técnica da Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam); com mediação de Elton Massarollo, Auditor Fiscal Federal Agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura do Estado do Paraná (SFA-PR/Mapa).
