Os dados foram apresentados durante a reunião virtual ocorrida na última sexta-feira (2/7) com um balanço sobre a interceptação de insetos vivos na Área de Controle Integrado de Ciudad de Leste, no Paraguai. Participaram cerca de 100 pessoas, entre Affas, autoridades sanitárias paraguaias, exportadores, despachantes aduaneiros, representantes de laboratório credenciado, entre outros.
O trabalho integrado do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional de Foz do Iguaçu/PR (Vigiagro-Foz) e o Servicio Nacional de Calidad Y Sanidad Vegetal Y de Semillas (Senave), do Paraguai, evitou, no período de dezembro de 2020 a maio de 2021, a entrada de 392 pragas vivas no Brasil, quatro delas quarentenárias, ou seja, não encontradas no país. Os insetos foram encontrados em amostras de 294 cargas importadas de arroz, soja, milho e trigo. A grande maioria dessas pragas já são presentes no Brasil, porém, causam grandes prejuízos em termos de qualidade dos produtos armazenados. Sem contar que a presença desses insetos na massa de grãos é proibida pela legislação da qualidade vegetal.
Os dados foram apresentados durante a reunião virtual ocorrida na última sexta-feira (2/7) com um balanço sobre a interceptação de insetos vivos na Área de Controle Integrado de Ciudad de Leste, no Paraguai. Participaram cerca de 100 pessoas, entre Affas, autoridades sanitárias paraguaias, exportadores, despachantes aduaneiros, representantes de laboratório credenciado, entre outros.
De acordo com o affa Fernando Mendes, o objetivo foi compartilhar com os diversos atores envolvidos alguns resultados do trabalho com viés de educação sanitária. “Pudemos explicar, por exemplo, aos engenheiros agrônomos responsáveis pelos silos, a importância de maior atenção na gestão da armazenagem desses grãos, com relação ao controle de pragas”, disse.
Na oportunidade, foi feito um apanhado de como é realizado o processo de inspeção integrada entre o MAPA e o Senave a partir do estabelecimento das medidas técnicas e operacionais para regular os controles aduaneiros, migratórios, sanitários e de transporte nessas regiões.
Fernando Mendes explicou, por exemplo, como ocorre a sistemática de trabalho na seleção de cargas, a amostragem, a inspeção conjunta, a identificação da praga e a tomada de decisão sobre o destino da carga na região de foz do Iguaçu (PR) com Ciudad de Leste. A facilitação de alguns procedimentos também foi pontuada, como o uso de um protocolo eletrônico com acompanhamento on-line da operação, o que dá transparência ao importador, exportador e transportador, e o atendimento via whatsapp e telefone. Todo o material apresentado será foco de um trabalho coordenado pelo Departamento de Sanidade Vegetal e pela Superintendência Federal de Agricultura do Paraná.
Para o chefe do Vigiagro em Foz, Affa Adinan Galina, o MAPA e seus servidores têm a consciência da importância dessa missão enquanto órgão de controle de trânsito de produtos de interesse agropecuário em ponto de fronteira. “Temos a percepção da responsabilidade que envolve as atividades no sentido de cumprir a missão institucional do órgão, que é evitar a entrada de pragas quarentenárias e também a introdução de produtos de baixa qualidade no território nacional. Mas também temos a preocupação de adotar todas as medidas que estão ao nosso alcance em consonância com a cooperação internacional para que se tenha o êxito completo”, frisou.
Parceria de dez anos – O trabalho integrado entre MAPA e Senave completa dez anos no próximo dia 29 de julho, quando foi criado, em Ciudad de Leste, o escritório da “Área de Controle Integrado Paraguai/Brasil”.
“Temos a consciência de que a integração se faz com trabalho, seriedade, comprometimento, parceria e temos buscado isso ao longo da nossa jornada “, disse Adinan Galina.
Para o chefe do Senave, Hugo da Silva, o modelo operacional existente é uma prova de que há um Mercosul realmente integrado. “Senave e Mapa estão trabalhando muito bem ao longo desses anos e quando há dificuldades solucionamos todos juntos”, ressalta.