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Fiscalização apreende 280 toneladas de matérias-primas e rações impróprias para animais em SP

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Quantidade é a maior já registrada em operações no estado; fábrica foi interditada e poderá pagar multa de até R$ 200 mil

Após uma denúncia anônima, auditores fiscais federais agropecuários interditaram uma fábrica de rações no município de São Joaquim da Barra (SP) nesta terça-feira (17). O local estava em condições precárias, utilizando matérias-primas suspeitas e mantendo um ambiente sem higiene, com mofo e equipamentos enferrujados. Foram apreendidas 280 toneladas de produtos, incluindo rações já embaladas e prontas para comercialização em lojas e petshops. A multa ao estabelecimento pode chegar a R$ 200 mil.

“A estrutura era precária, sem qualquer higiene e métodos de qualidade no processo de produção. Isso é um risco para a saúde do animal, que, ao consumir aquele produto com procedência duvidosa, pode contrair doenças e até morrer, dependendo do tipo de bactéria ou vírus presente naquela substância”, explicou o auditor agropecuário Guilherme Sobrinho. 

Aos compradores de rações animais, a orientação principal é desconfiar quando os preços estiverem muito abaixo do praticado pelo mercado. “Preços significativamente mais baixos são um sinal de alerta para produtos clandestinos. Produtos assim geralmente não oferecem garantia nutricional, podem conter ingredientes tóxicos ou em concentrações não permitidas, e podem até transmitir doenças, incluindo zoonoses como a leptospirose”, alerta Sobrinho.

Além das preocupações com a saúde animal, o auditor destacou que esse tipo de estabelecimento pratica concorrência desleal com empresas que seguem rigorosamente as normas exigidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). De acordo com Sobrinho, embora a fábrica estivesse registrada junto ao órgão, ela não adotava boas práticas durante o processo de fiscalização. 

“A empresa estava operando em um galpão clandestino e insalubre para armazenar produtos e matérias-primas, além de estar sem um responsável técnico há mais de 30 dias”, afirmou. Os produtos armazenados no galpão, bem como aqueles fabricados sem a supervisão de um técnico competente, foram apreendidos preventivamente e serão inutilizados.

Denúncias

Produtos de qualidade e próprios ao consumo passam por uma rigorosa inspeção do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e têm em suas embalagens o selo de certificação das autoridades sanitárias. Em caso de suspeita de itens fraudados ou procedência duvidosa, o recomendado é registrar uma denúncia por meio da Ouvidoria do ministério, pelo canal Fala.BR (https://www.gov.br/agricultura/pt-br/canais_atendimento/ouvidoria/como-registrar-sua-manifestacao/como-registrar-no-fala.br).

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