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13 de maio: Dia do zootecnista, parceiro da agropecuária brasileira

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Neste domingo (13/5), comemora-se a criação da carreira de zootecnista, uma das profissões que formam o quadro de AFFA (Auditor Fiscal Federal Agropecuário) do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).  A profissão, que surgiu no país num momento de avanços em pesquisas científicas e extensão rural como instrumentos para a modernização da agropecuária brasileira, está entre aquelas essenciais para a garantia da segurança alimentar e nutricional.

Neste domingo (13/5), comemora-se a criação da carreira de zootecnista, uma das profissões que formam o quadro de AFFA (Auditor Fiscal Federal Agropecuário) do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A data remete ao primeiro dia de aula do curso de Zootecnia ministrado no Brasil, ocorrido no Rio Grande do Sul. A profissão, que surgiu no país num momento de avanços em pesquisas científicas e extensão rural como instrumentos para a modernização da agropecuária brasileira, está entre aquelas essenciais para a garantia da segurança alimentar e nutricional.

Como reconhecimento, em janeiro deste ano, o presidente Michel Temer sancionou a lei que oficializa 13 de maio como o Dia Nacional do Zootecnista. O pleito era uma articulação antiga da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ).

Em homenagem aos 64 AFFAs zootecnistas filiados, e também a todos os profissionais do Brasil, a Dcom (Diretoria de Comunicação) do Anffa Sindical entrevistou o presidente da ABZ, Marinaldo Divino Ribeiro, sobre os desafios da profissão e suas as habilidades e competências para o desenvolvimento da pecuária nacional. Confira!

1- Dcom- Qual a estimativa do número de zootecnistas no Brasil? Quais os desafios desta profissão no agronegócio moderno?

O total de profissionais atuantes em uma estimativa empírica baseada no número de cursos e turmas concluídas nas escolas de Zootecnia é de aproximadamente 35 mil.

O Zootecnista é o profissional com a competência necessária para produzir proteína de origem animal para garantir a segurança alimentar e nutricional das pessoas de forma tecnicamente eficiente, economicamente viável, socialmente justa, inclusive do ponto de vista ético da criação dos animais, e ambientalmente correta. Isto porque é o Zootecnista o profissional que reúne as habilidades e competências necessárias para fazer uso do conhecimento, inovar e aplicar as tecnologias mais adaptadas aos sistemas de criação animal.

Logo, os desafios da profissão são inúmeros e podem ser organizados em três dimensões: a de formação acadêmica, a de regulamentação da atuação profissional e a da atuação profissional. A de formação acadêmica perpassa pela dinâmica adequação dos projetos pedagógicos dos cursos para a formação de profissionais cada vez mais alinhados com o perfil desejado pelo seguimento e, sobretudo, que apresente habilidades e competências necessárias para responder às demandas de desenvolvimento da pecuária nacional com visão holística e ética, com capacidade de interagir com o meio onde se inserir.

Na de regulamentação é necessário avançar na unidade dos Zootecnista em torno das causas coletivas tendo a Associação Brasileira de Zootecnistas como entidade capitaneadora para que as ações sejam realizadas de forma coordenada. Dentre essas demandas estão a criação do sistema de conselho de classe próprio, a adequação da lei nº: 5.550/1968, a revisão das resoluções e instruções normativas impeditivas da atuação do Zootecnista como responsável técnico e a vigilância permanente de projetos de lei em curso no Congresso Nacional que afetam a atuação do profissional Zootecnista. Por fim, na dimensão de atuação profissional o grande desafio é garantir a produção de proteína de origem animal de forma a garantir a segurança alimentar e nutricional da população com eficiência, ética e respeito às questões ambientais e com isso sustentar a continuidade do desenvolvimento da pecuária nacional.

2- Dcom- Como conciliar a produção agropecuária e agroindustrial com os preceitos de responsabilidade social e ambiental?

O Zootecnista é profissional que tem na sua formação e base de atuação profissional conhecimentos, princípios e valores previstos já nas diretrizes curriculares nacionais da formação em nível de graduação e em seu código de ética profissional que impedem a prestação de desserviço à sociedade. Portanto, é com base nessa concepção que os Zootecnistas apresentam condições para selecionar e aplicar de forma correta as tecnologias adequadas para a produção animal e promover o aperfeiçoamento os sistemas de produção animal conjugando na sua prática os preceitos de responsabilidade social e ambiental.

3- Dcom- Que mensagem o senhor gostaria de deixar aos colegas de profissão, incluindo aqueles que são Auditores Fiscais Federais Agropecuários, nesta data comemorativa, que é o Dia do Zootecnista?

Que o melhor especialista é aquele que alia certa cultura geral ao conhecimento profundo de sua especialidade, entretanto, é de mãos dadas à Associação Brasileira de Zootecnistas, unidos pela coletividade, que seremos mais fortes. E nesse dia especial para você Zootecnista, especialmente aos colegas Zootecnista Fiscais Federais Agropecuários, meus cumprimentos.
Celebre, comemore e viva o Dia Nacional do Zootecnista, agora oficialmente inserido no calendário da república brasileira pela lei nº: 13.596/2018.

 

 

Currículo: Marinaldo Divino Ribeiro

Possui Graduação em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2001), Mestrado (2003), Doutorado (2007) e Pós-Doutorado (2008) em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa. Foi bolsista de Desenvolvimento Científico Regional (2008) pela Universidade Federal da Bahia. Foi professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso, lotado no Departamento de Zootecnia e Extensão Rural, no período de 2008 a 2015, onde foi Coordenador e Editor Chefe da EdUFMT (2009 a 2013), Coordenador de Pesquisa/PROPeq (2013 a 2015); Membro e Presidente da Câmara de Educação em Zootecnia do CRMV/MT (2009 a 2015). Delegado Regional Mato Grosso e Suplente do Conselho Fiscal da ABZ (2011 a 2015). Atualmente é Professor Associado I, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Goiás/Goiânia, lotado no Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária e Zootecnia.

Foi membro da Comissão Estadual de Zootecnia do CRMV/GO (2016/2017) e Coordenador do Comitê de Articulação de Entidades de Zootecnia Representadas em Goiás. Atualmente é 1º Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Zootecnia e Presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas. É Revisor ad hoc de periódicos nacionais e internacionais. Tem experiência em Zootecnia, com ênfase na área de Avaliação de Alimentos para Animais, atuando principalmente nos temas: estimativa do consumo animal, utilização de fontes fibrosas na alimentação, dinâmica e aporte de nutrientes em animais em crescimento, aproveitamento de coprodutos oriundos da produção agrícola na alimentação animal, e em estrutura e dinâmica inovativa em unidades de produção. 

 

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