Falta de affas tem levado servidores ao adoecimento. Burnout é o principal distúrbio

Após a divulgação de um evento relativo ao ambiente de trabalho nas organizações e à saúde dos colaboradores (acesse aqui), o Anffa Sindical recebeu relatos de Auditores Fiscais Federais Agropecuários que têm vivido situações de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico no cumprimento de suas funções. 

Falta de affas tem levado servidores ao adoecimento. Burnout é o principal distúrbio
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Tais sintomas são característicos da Síndrome de Burnout, palavra inglesa utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão, um distúrbio comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como é o caso dos Affas.

Se consideradas as condições ideais de trabalho, esses fatores já seriam importantes indicadores do motivo de tantos adoecimentos, mas, quando acrescidas as dificuldades pelas quais a carreira passa, como a sobrecarga de trabalho e o acúmulo de atribuições e responsabilidades, fica evidente que a situação tende a ficar mais complexa.

O Auditor Fiscal Federal Agropecuário André Barreto sentiu-se à vontade para compartilhar seu relato sobre como e quando descobriu o problema. Ele conta que após diversos episódios de insônia, dores no corpo, mal-humor e irritabilidade constantes, fadiga e incapacidade de reagir diante de problemas, consultou-se com uma psiquiatra que o afastou de suas responsabilidades profissionais por 90 dias, a fim de iniciar o tratamento.

Nesse momento, André relembra sua principal preocupação, maior até que com a própria saúde: “Depois de quase 35 anos de serviço, essa era a primeira vez que me afastaria por um longo tempo. Quem executaria minhas funções? E os processos que estavam sob minha responsabilidade? E o que seria do público que atendo?”.

Todos esses, indicadores estritamente relacionados ao comprometimento do servidor, que completa: “Refleti e concordei com a orientação da profissional, pois, apesar do meu senso de responsabilidade com relação ao trabalho, meu corpo já dava sinais de que estava em seu limite. Se não parasse naquele momento, algo pior poderia acontecer.”

O episódio aconteceu no último ano, momento a partir do qual André iniciou o acompanhamento médico que já dura cerca de 1 ano e três meses. Compartilhando a própria experiência, ele pretende conscientizar os colegas a buscarem ajuda em casos de esgotamento profissional, assim como apoio profissional assim que percebidos quaisquer sinais. “Agradeço todos os dias por ter conseguido me afastar do trabalho naquele momento. Hoje encaro a vida e o trabalho de forma diferente: a vida em primeiro lugar.”

No mesmo ano, o Anffa Sindical publicou uma série de matérias com orientações sobre como identificar sintomas da Síndrome e o que fazer a partir disso. Confira e compartilhe com os colegas.
 

Anffa Sindical

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