Foco da Newcastle no RS não impacta na segurança do consumo de carne de frango e ovos

No Brasil, a segurança consumo de carne de frango e ovos é assegurada por rigorosos sistemas de controle sanitário.

Foco da Newcastle no RS não impacta na segurança do consumo de carne de frango e ovos
Imagem de Pexels por Pixabay

A doença de Newcastle tem atraído a atenção de criadores de aves e consumidores no Brasil após a confirmação de um foco do vírus em estabelecimento de avicultura comercial de corte, no município de Anta Gorda (RS), no último dia 17. Contudo, é essencial esclarecer que o consumo de carne de frango e ovos no país continua seguro e que a doença não traz riscos à saúde humana. 

No Brasil a ação de vigilância e o controle sanitário dos planteis é desenvolvida analisando e avaliando a biosseguridade, os riscos sanitários de introdução e disseminação de doenças animais e de zoonoses na criação comercial ou industrial e no familiar caipira ou colonial de galinhas poedeiras e ovos, além de aves silvestres.

As ações de Defesa, Vigilância Sanitária e Agropecuária, objetivam monitorar os planteis e a população de aves para mitigar o risco de introdução, disseminação e transmissão de agentes patogênicos.

Causada pelo vírus da família Paramyxoviridae, a Doença de Newcastle (DNC) pode se manifestar de formas variadas, desde sintomas leves até casos graves que resultam em alta mortalidade das aves afetadas, como frangos, galinhas, perus e pombos. Os principais sinais clínicos incluem problemas respiratórios, diarreia, e incoordenação motora. A transmissão ocorre pelo contato direto com aves infectadas, secreções ou fezes contaminadas.

Importante ressaltar que a mesma pode causar uma alta mortalidade das aves e que qualquer suspeita de ocorrência de Doença de Newcastle (DNC) no Brasil, independente do sistema de produção e as aves silvestres é de notificação obrigatória ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), conforme estabelecido na IN Mapa nº 50/2013 para adoção das medidas sanitárias pertinentes.

Apesar da gravidade da doença para as aves, a auditora fiscal federal agropecuária aposentada, Márcia Villa, afirma que a Doença de Newcastle (DNC) não representa uma ameaça direta à saúde humana. “O vírus responsável por essa enfermidade não é transmissível para os humanos através do consumo de carne de frango ou ovos”, frisou. 

Segundo a auditora, se uma pessoa tiver contato com a ave contaminada, pode no máximo apresentar alguns sintomas leves de gripe. “O único impacto negativo aos humanos está associado principalmente ao contato direto com aves infectadas, onde pode causar sintomas leves semelhantes a uma gripe”, explicou.

No Brasil, a segurança do consumo de carne de frango e ovos é assegurada por rigorosos sistemas de controle sanitário com monitoramento desde a aquisição do material genético até o sistema de produção (carne e ovos).

O país é um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango do mundo, e os produtos passam por um extenso processo de inspeção e controle de qualidade.
 As granjas e frigoríficos brasileiros seguem normas internacionais de biosseguridade e biossegurança, que incluem vacinação das aves, monitoramento constante de doenças, controle de acesso de pessoas e animais a área de produção e procedimentos de desinfecção rigorosos destes.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são responsáveis pela supervisão das práticas de produção e processamento de alimentos de origem animal. Essas instituições garantem que a carne de frango e os ovos comercializados no mercado brasileiro atendam a todos os padrões de segurança alimentar.

De acordo com Márcia Villa, a população também pode tomar medidas simples para garantir a segurança alimentar em suas casas. “A principal recomendação para que o consumidor é que se adquira produtos sanitariamente controlados e de origem segura, além de cozinhar adequadamente a carne de frango e os ovos, procedimento que elimina os patógenos que possam estar presente nos alimentos”, orientou a auditora.


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