Por meio do trabalho realizado pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), na unidade de Foz do Iguaçu (PR), evitou-se a entrada, em território brasileiro, de 905,6 toneladas de alimentos de origem animal, impróprios para o consumo humano, durante os seis primeiros meses deste ano.
São produtos provenientes da Argentina (765,51 toneladas) e do Paraguai (140,08 toneladas) que foram devolvidos à origem por problemas que vão de irregularidades documentais e de rotulagem, à contaminação por parasitas e microrganismos.
Do total rechaçado, 676,64 toneladas (74,7%) foram de pescado congelado. Deste montante, a maioria (600,74 toneladas) é de filé de merluza, o que representa 88,78% e cujo principal problema detectado foi a presença de parasitas atingindo cerca de 557 toneladas. Foram detectados, ainda, irregularidades em 186,95 toneladas de carne bovina e em 42 toneladas de queijo.
De acordo com Adinan Galina, chefe do Vigiagro em Foz do Iguaçu, “além da presença de parasitas em pescados, foram encontradas as seguintes não conformidades: presença de Salmonella em filé de merluza, carne bovina, fígado bovino e filé de cação; presença da bactéria Escherichia coli em carne bovina e Coliformes Termotolerantes em queijo. São produtos que, além de apresentarem problemas relacionados à higiene, também poderiam causar graves danos à saúde do consumidor se passassem pela fronteira”, destaca Adinan.
A Vigiagro, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é responsável pela defesa da pecuária e da agricultura brasileira. Os auditores fiscais federais agropecuários (affas) que trabalham no órgão em campo atuam inspecionando caminhões, automóveis, aviões, trens e embarcações em todo o país. O objetivo é conter produtos de origem animal e vegetal que possam estar em condições inadequadas de consumo ou contaminados por parasitas ou microrganismos prejudiciais à agropecuária nacional ou à saúde humana.
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