Diagnóstico de necrose infecciosa em criações de tilápias é feito pelo LFDA de Minas Gerais

O Mapa, por meio do LFDA-MG, recebeu e processou amostras oficiais para detecção do vírus causador da necrose infecciosa do baço e rim (ISKNV), em criações de tilápia de seis estados. Foram detectados estabelecimentos positivos em Goiás, Minas Gerais e São Paulo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Laboratório Federal De Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA-MG), recebeu e processou amostras oficiais para detecção do vírus causador da necrose infecciosa do baço e rim (ISKNV), em criações de tilápia de seis estados. Foram detectados estabelecimentos positivos nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Segundo registros, mais de 200 mil animais morreram desde julho de 2020, por conta da doença e outros 3,2 milhões foram expostos à infecção.

Conforme informações, em relatório enviado à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), emitido pelo dr. Geraldo Marcos de Moraes, Diretor, Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários do Mapa, em agosto de 2020, foi o Laboratório Aquavet, da Universidade Federal de Minas Gerais, quem  inicialmente informou ao Ministério a detecção do vírus infeccioso do baço e da necrose renal (ISKNV) em amostras de uma fazenda de tilápia, onde havia aumento de mortalidade observada nos meses anteriores.

O ISKNV não representa risco à saúde humana, mas pode gerar grandes prejuízos à piscicultura, com taxas de mortalidade que podem chegar a 75%, no caso da criação de alevinos. A doença tem potencial de infectar mais de 50 espécies de peixes.

Ainda não há vacina registrada no Brasil, para controle do vírus. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas como mudança na cor do corpo (escurecimento ou clareamento), distensão abdominal, perda de apetite e permanência no fundo dos tanques.

As técnicas para chegar ao diagnóstico são o PCR (PCR em tempo real) ou o PCR convencional, com amostras encaminhadas pelos órgãos de defesa estaduais. Algumas amostras coletadas no país foram encaminhadas ao laboratório de referência da OIE, de animais aquáticos, no Japão, para confirmar o diagnóstico obtido.

 

Como controlar e prevenir e evitar o abate dos animais

Foi elaborado o Plano de Investigação, Prevenção e Controle de infecção por ISKNV, em 2020, pelo Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária. Os objetivos foram de mapear a ocorrência de infecção pelo ISKNV na divisa com Minas e Goiás, identificar os estabelecimentos fornecedores de formas jovens, para estabelecimentos de recria e engorda, e, avaliar a condição sanitária, no intuito de prevenir a disseminação do ISKNV a partir da represa de São Simão e das demais localidades onde esteja presente. Ainda, subsidiar a adoção de medidas de prevenção de caráter geral e de medidas de controle em outras áreas infectadas.

A ideia é um trabalho conjunto, do produtor, Mapa e serviço veterinário. De acordo com a coordenação do departamento, o combate deve ser feito por meio do controle onde foi diagnosticado, para não infectar uma área negativa, desinfecção, trânsito pelo Guia de Trânsito Animal (GTA), dicas de manejo, guia de biosseguridade, compra de animais de locais que garantam a inatividade do vírus, e que não sejam tão pequenos, ação de educação sanitária, comunicação com o servidor de produção veterinária, dentre outros.

Esta é a primeira detecção de vírus na piscicultura brasileira de produção. O impacto ainda está sendo avaliado, por ser um vírus emergente. E, vale lembrar que outros vírus podem atingir a psicultura brasileira.

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